Thursday 18 September 2008

Beloved Princess from the Alder Grove


I am lying, dreaming...
dreaming of your caresses
turning this winter of longing
into a perfect spring,
where, seating in the edge of the sea,
we touch each other, happily, eternaly
with the single satisfied soul we share.

I am lying, dreaming...
It rains outside, and sense doesn't exist.
The rain is the trunk
where I write your name
with the impossibity of our encounter.

I am lying, dreaming...
dreaming about your silhouette
and to the nature proclaiming
that the river of my love
has no end, has no mouth, has no delta,
and that everything comes together in a fire
that changed a me and a you
for the soft constancy of an us.

Thursday 11 September 2008

No furacão




Dá-me um carinho de partir pedra
Dá-me asas para voar
Garras para te docemente tocar

Clivar o vácuo intemporal num microsegundo perfeito
Deixa-me beber chá neste furacão

Quero partir montanhas sem as magoar
Quero explodir num único ponto
Quero rebentar com o universo
Num aso de amor universal

Clivagem e fusão de estrelas
Quero beber cá no olho do furacão.


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Now playing: Fields of the Nephilim - Love Under Will
via FoxyTunes

Sunday 20 July 2008

Como identificar um estudante de medicina (obrigado Sara)

Estudas medicina quando:

* toda a gente te pergunta com horror e expectativa se já viste um morto, sem importar o ano em que estás;

* todos os amigos e familiares te vêm pedir conselhos e ajuda quando alguma coisa lhes dói - mesmo que seja o teu primeiro dia, do teu primeiro ano;

* respondes aos convites dos teus amigos com um 'não posso, tenho que estudar' ou um 'não posso, tenho banco';

* amanhece sem te teres deitado - e não é por teres andado a curtir as discos;

* não importa o muito que estudes, cada vez sentes que te falta saber mais e mais;

* se vais passar um fim de semana fora, levas mais livros que roupa na mala;

* esperas com ansiedade o fim de semana para poderes estudar o que não conseguiste fazer durante a semana;

* estás mais familiarizado com os apelidos Rouviére, Harrison, Moore, Robbins, Netter, etc, do que com os apelidos dos teus colegas de curso;

* demoras pelo menos um minuto a responder à pergunta 'quanto dura o teu curso?';

* sentes que todos os teus colegas de secundário estão em cursos mais fáceis que o teu;

* questionas-te frequentemente com que idade acabarás por te casar ou ter filhos;

* puseste várias vezes a hipotese de mudar de curso, para comunição ou turismo;

* sentes que não restam coisas no mundo que te possam fazer nojo;

* descobres que não podes comer com os teus companheiros de curso sem, inevitavelmente, acabarem a falar de temas médicos;

* sentes-te menos se o teu estetoscópio não é 'Littmann';

* entendes automaticamente o significado de siglas como HTA, DPOC, ICAD, EPO, IL-2 ou EAM;

* não te doem os músculos - tens mialgias - nem tens sede ou fome - tens polidipsia e polifagia;

* uma pessoa não está deitada de barriga para cima, mas sim em decúbito dorsal;

* eliminaste do teu léxico o sufixo 'logia' e limitas-te a dizer 'morfo', 'micro', 'fisio', 'cardio', 'embrio', 'bio'...;

* tomas mais café que água, por dia;

* estranhas os dias em que consegues saber o que se passa com a actualidade nacional;

* apercebes-te que começou uma guerra, precisamente após esta ter terminado;

* cada vez que comes ou bebes algo, reparas na composição, calorias, pH e vitaminas;

* tratas de recordar todos os dias a razão pela qual entraste em medicina, e se não a encontras consolas-te a pensar no tempo que falta para te licenciares ...

Friday 18 July 2008

Turma 8

E hoje, ao despedir-me do Zé Pedro, senti que me estava a despedir da turma 8 do 1º ano da Faculdade de Medicina de Coimbra para sempre.

Nunca mais sentirão a presença do metaleiro de humor negro, nem eu nunca mais terei o prazer de conviver com tais meninas. Desde a volumptuosa Luísa, à Belga Laura Deprez, até à interessante/ligeiramente irritante Lara Tomás. A carimática Liliana, a inocente Laura, a bela Miste (come on baby light my fire!)... Os amigões que foram o Manel, o Teixeira e tantos outros...
Esta é para vocês!





In the heat of the night
in the heat of the day

When I close my eyes
when I look your way

When I meet the fear that lies inside
when I hear you say:
In the heat of the moment
say
say
say:

Some day
some day
some day - dominion - come a time

Some day
some day
some day - dominion -
Some say prayers
some say prayers
now
I say mine.

In the light of the fact

on the lone and level the sand stretch far away

In the heat of the action and in the settled dust

hold
hold and sway.
In the meeting of mined and down in the streets of shame

In the betting of names on gold to rust

In the land of the blind -
Be king
king
king
king.

Some day
some day
some day -
Dominion -
Some say prayers
some say prayers

Now
I say mine.

In the land of the blind -
Be king
king
king
king!
Some day
some day
some day -
Dominion -
Some say prayers

Some say prayers

Now
I say mine.

Tuesday 15 July 2008

Coimbra é uma lição

Exacto. Em vez de perder tempo com pandeleirices como "estar uno com o meu eu interior" decidi ganhar juízo e estar com consonância com o meu "eu javardolas".
É o que faz andar a conduzir em Coimbra

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Now playing: Fields of the Nephilim - Psychonaut Lib III
via FoxyTunes ...

Tuesday 24 June 2008

1000 Rosas vermelhas... mas apenas uma com os espinhos virados para dentro...




Tomas banho em leite renovador, mas a tua alma morre lentamente... com pétalas de rosas. Vermelhas. Mas o teu sangue teima em palidecer.
As pétalas estão cortadas, mas não sangram. Tu estás inteira, mas no teu coração já é pouco o sangue que te aquece.

Será por teimosia que o teu cabelo é mais rúbio que as próprias rosas?

Eu seguro uma rosa. Solitária. Aroma intenso, envolvente, mas aprisionante, que me amortece os sentidos. Das mesmas rosas que tu, sem remorsos, cortas a corola para a afastar dos espinhos. Sem espinhos e sem suporte, as rosas não se seguram, e não são mais que involuntários navios à deriva, naufragados na tua banheira. Roçando a tua pele alva, nua, mas sem alma, pois a tua mente está longe da banheira.

As pétalas partilham do sofrimento do teu coração.

Sinto um cheiro mais intenso. As rosas lançam sempre o seu aroma mais fortemente na iminência da sua morte. O seu cheiro ultrapassa mesmo o cheiro do fogo que as consome...

Eu não percebo quando acabam os dias e a noite começa... Que dia escrevemos ou quão depressa o tempo corre. Talvez passemos os dias a fugir, ou morramos no mesmo local. Mas não tenho medo da inevitabilidade da natureza. Só ou acompanhado.

Estás ao meu alcance, mas não esticas completamente os braços para me tocar. Nem eu. O teu cheiro a rosas é demasiado intenso para os meus sentidos, confunde-me, deixa-me sem equilíbrio. Ou serás tu, uma rosa de cabelos carmesins, caule alvo como a neve coberta por uma capa negra... uma rosa com os espinhos virados para dentro...


E eu seguro uma rosa... solitária... aroma demasiado intenso... envolvente, aprisionante, que me abafa os sentidos! Mordo-lhe as pétalas para sentir a sua amarga seiva nos meus dentes... uma rosa com os espinhos virados para dentro...

Monday 9 June 2008

Paz clínica

Na tua agonia clínica da vida, apenas pedes...

One more medicated peaceful moment.


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Now playing: The 69 Eyes - You're a lost little girl
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Saturday 24 May 2008

Enfermeiras ganham menos se não usarem mini-saia







Enfermeiras ganham menos se não usarem mini-saia!




As enfermeiras da Clínica San Rafael, da cidade de Cádis, no sul de Espanha, foram punidas porque se recusaram a usar mini-saia no trabalho.

O uso de um uniforme com saia curta é obrigatório para as enfermeiras da clínica, mas um grupo de funcionárias decidiu desobedecer à norma e substituiu as saias por calças de tecido leve com o logótipo da clínica, roupa permitida para funcionários que não trabalham directamente com o público.

Segundo a sindicalista Adela Sastre, presidente do Sindicato das Enfermeiras, as funcionárias deixaram de receber «cerca de 30 euros correspondentes a um complemento de assistência e dedicação, que não tem nada a ver com o vestuário».

As 12 funcionárias fizeram queixa ao sindicato, que disse que vai entrar com um processo contra a clínica. «Sentimo-nos como objectos decorativos. Para trabalhar não temos liberdade de movimentos, nem nos podemos baixar para atender os pacientes que estão nas camas», disse a sindicalista.

Já para o gerente da clínica, José Manuel Pascual, vestir uniforme é «parte essencial do dever das trabalhadoras».



Anotações: QUERO IR TRABALHAR PARA ESPANHA!!!!

Agora a sério... tomem lá o site com mais destas "notícias", Oten, Ancalagon, Ana e o resto do pessoal que costuna vir cá ao blog. Se eu vos vou nomear a todos estou lixado.

Tuesday 20 May 2008

Pato Mandarim



Será que os chineses em Portugal compram roupa nos chineses???

Friday 16 May 2008

Estudante/praticande de medicina


Se um estudante de pintura anda sempre com a tela... deveria eu, como estudante e medicina, andar sempre com um doente???

Eh lá... calhando é melhor não...

Monday 12 May 2008

Lilith, o dom do sonho



O seu nome era Lilith, o segundo nascimento, só no jardim com Adão.

Lilith voa para longe, sonha com o mundo longínquo para além das muralhas do jardim.

Neste cruel jogo de crianças criado por mão divina... ela chamou "vida".

Thursday 8 May 2008

Trindade académica - a pomada receitada


Reunião com o resto do pessoal da turma (medicina) para jantar. Tudo normal. Tasca cheia de pessoal trajado! OK... já me cheira a algo...

Cantorias para aqui, cantorias para ali... que giro... os "rivais" de enfermagem estavam nas mesas do lado! Fofo... deu logo picardia saudável. Mas sabíamos nós que os restantes eram de farmácia! Heh, mais picardias,
mais desafios alegres de copo na mão.


Resultado: Num rasgo de inspiração movida a vinho tinto, disse:

"Num jantar que junta enfermeiras, farmacêuticos e médicos nós é que mandamos. E eu, como o mais velho, mando mais! Por isso a pomada que eu esta noite receito é tinto!!!"

Monday 5 May 2008

Traçar da Capa Negra


Ah, a serenata... luar Conimbricense... o Mondego, reflectindo o luar e todo o brilho da cidade...
E após traçada a capa, ao som do primeiro acorde das guitarras que choravam melodias carregadas de tradição e alma, disse:

"Ouvi, meus amigos, caros colegas e involuntárias testemunhas. Estas são as minhas primeiras e solenes palavras após me ter sido traçada a capa e ser reconhecido como membro desta multicentenária Universidade, desta Instituíção, desta Academia. É aqui nestas ruelas históricas que proferirei estas palavras que ficarão para sempre, tanto no meu, como certamente nos vossos corações. As primeiras palavras que declaro após me ter sido traçada a capa.
Tana nana nananana, BATMAN!!!!"

E assim disse, abrindo a capa!


Pequena observação: Ainda bem que não havia nenhum Robin... gajos de cuecas verdes é que não!


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Now playing: Tuna de Medicina de Coimbra - Capas Negras
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Friday 25 April 2008

As pessoas não mudam, libertam-se!



Na conversa com a minha melhor amiga, ela estava constantemente a chamar-me a atenção para certas frases que sempre mandei para o ar... mas que nunca me dei ao trabalho de escrever.

Cá vai a primeira de muitas: "As pessoas não mudam, libertam-se"









Já agora...






Wednesday 27 February 2008

A história da minha vida

Estar parado no semáforo com o sinal verde.





1000 significados, todos verdadeiros.

Sunday 24 February 2008

Egoísmo etéreo

Podes ter toda a solidão
e toda a dor e sofrimento.
Podes ter toda a luz do sol
e da lua e das estrelas.
Relâmpagos, trovões, chuva,
vento, saraiva e granizo.

Podes ter uma segunda opinião,
um outro ponto de vista acerca do que eu sinto.
Podes ter tudo em que toques,
seja isso material ou etéreo.

Podes ter todo o meu amor esta noite.
A noite é uma criança perdida nos bosques,
e tu, predadora de olhos vermelhos e sequiosos.
Podes ter todo o meu amor esta noite.

Podes abrir todas as portas,
todos os cofres, fortes e fortalezas.
Podes gritar relâmpagos,
respirar trovões e caminhar nevasca.
Sussurrar brizas e ser a minha pequena...
aquela que eu adoro.

Podes me ter todo esta noite,
E ainda mais.

Mas amanhã já não será assim.

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Now playing: Garbage - Tell Me Where It Hurts
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Saturday 9 February 2008

O silêncio... mata lentamente.

Nós poderíamos esquecer o mundo lá fora...
Se não nos preocupássemos.
O céu é cinzento, mas tecto do teu quarto é azul...
Refúgio de um desejo forçado.

O silêncio... mata mais que a espada.

Se acordares a meio da noite, fala.
Se o nosso calor não te deixar dormir, verbaliza.
Os céus continuam cinzentos e tu gritas e gemes.
Mas não crias palavras.

Diz agora. Diz-me como o céu é cinza e cala-te com a porcaria dos pormenores das tonalidades.

Se não queres viver uma mentira, atira-me com a verdade. Diz-me como o céu é cinza e para de fugir para as tonalidades.

Se achas que o céu é de outra cor, diz-me e para com os rodeios!

Nós poderíamos esquecer o sangue lá fora...
Se não nos preocupássemos.
As ruas são gélidas, mas o teu quarto é escaldante.
Paredes graníticas refugiam um desejo forçado.

O silêncio mata muito mais que a espada.

Se acordares a meio da noite....
Se o nosso calor não te deixar dormir...
Os céus continuam cinzentos e tu...
Faz o que tu quiseres.

Aqui estamos nós. Mortos. Vítimas do silêncio.

Wednesday 23 January 2008

Por um momento

Por um momento perdi a razão
Por um momento desejei roubar-te a vida
Por um momento desejei estar só
Por um momento pensei em abandonar-te
E tu sempre no mesmo lugar
Imóvel

Por um momento perdi a vitalidade
Por um momento desejei estancar a vida
Por um momento parecia estar só
Por um momento pensei em deixar-te
E tu sempre no mesmo lugar
Estática

Por um momento perdi o desejo
Por um momento desejei fugir a vida
Por um momento parecias estar só
Por um momento não consegui deixar-te
E tu sempre no mesmo lugar
Estacionária


Por mais do que um momento percebi. Percebo
Por mais do que um momento tiveste a minha vida nas tuas mãos. Tens.
Por mais do que um momento o calor humano no frio do mármore afastou a solidão. Não estou só.
Por mais do que um momento paredes de etéreo mármore não de deixaram fugir. Fiquei.
E tu sempre no mesmo lugar. Ainda.
Firme e altiva.

Thursday 17 January 2008

Não te aperceberes que estás enterrada, sentes-te confortável asim. Vivendo num mundo pequeno. Vivendo num mundo longínquo à distância de um passo. Ás vezes demasiado pequeno, demasiadas vezes demaziado longe.
Então vens ter comigo. Pedes-me que partilhe o meu mundo contigo. Não acredito. Não quererás tu arquitecto para o teu mundo vazio? E muitas vezs partilho, não por mim, mas por ti.
Abres
a tua boca e eu abro as minhas artérias doces aos teus dentes de saguinodependente.

Arquitectura de um mundo vazio

Não te aperceberes que estás enterrada, sentes-te confortável assim. Morta-viva. Vivendo num mundo pequeno. Vivendo num mundo longínquo à distância de um pensamento, pensamento que não existe. Ás vezes demasiado pequeno, demasiadas vezes demasiado longe.
Então vens ter comigo. Pedes-me que partilhe o meu mundo contigo. Não acredito. Não quererás tu um arquitecto para o teu mundo vazio? E muitas vezes partilho, não por mim, mas por ti.
Abres a tua boca e eu abro as minhas artérias. Doces aos teus dentes saguinodependentes.

Sunday 6 January 2008

Ode ao pretérito, uma década anterior


Foi no tempo passado, e tempo é tão valioso... continua a voar esteja o pêndulo em moção ou não. Olha para ele a voar, enquanto o sol morre e renasce, enquanto o relógio corre pelas horas prometendo uma explosão. Tick Tack boom.
O relógio rouba a vida?
Olha o tempo a fugir pela janela!
Não gostas do relógio, vai passear em Lisboa à noite. De certeza que algum preto to há de roubar. O tempo do relógio e o tempo que te resta na vida.

Vê-se tudo a passar, arrastado pelo tempo. E eu desperdicei demais
.
Desperdicei-o ao deixar-te fugir. Ao deixar-me fugir de ti.
Não lutei o suficiente. Nem tu. Embora o coração confessasse o contrário.
Isso não interessa, o que interessa é que é pretérito. Passado. Embora me pergunte como seria o futuro caso... tivessemos lutado...

O que era sentimento tornou-se uma lembrança...

Uma memória de quando eu...

Mas as coisas não são como d'antes... tu não me reconhecerias... Não quer dizer que me conhecesses realmente naquela altura, mas o que interessa é o agora.
Encarceraste todos sentimentos numa caixa de chumbo de nome coração, eu tentei fazer o mesmo. E assim foi, nas vésperas do novo milénio.

O que era sentimento tornou-se uma lembrança...

Uma memória de quando tu...

Dez anos volvidos, és uma mui bela lembrança, pequena rosa cheia de espinhos.